segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O pássaro de vidro

Desde pobre peito inchado
Aflita a pobre malícia
E, como um porco enjaulado,
Permaneço nessa estultícia.

Mal sabem os pileques
Que alimentam ser desamparado
Um prazer de natureza, pacato
Como em todos os seus alicerces.

E a pomba branca, por triste fim
Desiste de voar, sem ao menos
Do ninho ter saído assim.

Longe da razão, a coragem
Segue de braços atados
Nessa cova de bandidagem.

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