segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sobre a importância do questionar

Questionar é a base para a aquisição do conhecimento. O próprio perguntar, em si, a princípio, subentende ausência da resposta, da cognição, e supõe por conseguinte a necessidade de conhecê-la. Precisamos ter estima ao que não conhecemos – já que a gama de possibilidades é tão vasta. Há cegueira pior do que não querer saber?

Sabedoria não é o mesmo que “saber”; haja vista que o último pode limitar-se ao acúmulo de conhecimento, que não necessariamente está ligada à capacidade de raciocínio. Sócrates era relativista e já foi definido pelo professor da UFPE Dr. Marcelo Pelizolli até mesmo como um sofista, porém com uma forte postura ética. Apesar do “só sei que nada sei” clássico socrático, o próprio admite a existência de uma verdade e/ou ética. Acontece que, para os sofistas, “o homem é a medida de todas as coisas”, então ocorre uma relativização generalizada. Tudo passa a ser relativo, inclusive os valores éticos/morais. Desta forma, o sofista não constrói conhecimento ou mesmo possui uma moral.

Ainda que no método socrático a própria pergunta já seja uma resposta a uma outra pergunta, isso se veicula com a idéia da busca do conhecimento, a vontade de conhecer. O ato de questionar, em si, aliado à técnica da maiêutica e ao uso da ironia, se fez presente nesse emergir da Filosofia ateniense.






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